Todos os treinadores de futebol têm as suas ideias de jogo, mas para ter sucesso o treinador deve ser coerente, no modo como pretende fabricar o jogo da sua equipa. Quem tem ideias não muda facilmente, quem está sempre a mudar de ideias é porque não tem ideias nenhumas. A pior coisa que pode acontecer a um treinador é a mistura de ideias em função das contingências do envolvimento.
A denominada Periodização Táctica preconizada pelo professor Vítor Frade, diferencia-se das demais concepções de treino e de competição, e é com base nos seus pressupostos que tento periodizar e operacionalizar as minhas ideias de jogo.
Primeiro é importante identificar correctamente todas as correntes metodológicas, para depois se decidir qual a que devemos implementar para “cozinharmos” o jogo que pretendemos para as nossas equipas. É importante conhecer para se poder decidir!
A minha ideia não é a mesma daqueles que acreditam: na divisão da época desportiva por períodos ou fases com o objectivo de alcançarem picos de forma nas alturas mais importantes da época; no treino das capacidades físicas para obter ganhos no jogo; na divisão da componente física, técnica, táctica e psicológica na periodização/planificação do treino.
O sucesso de José Mourinho originou um novo “mito sebastianista”, porque em Portugal todos os agentes desportivos tentavam encontrar um novo Mourinho e foi evidente que alguns “predestinados” conseguiram promover-se com esta associação, apesar de tentarem passar uma imagem de afastamento ao melhor treinador do Mundo. A certa altura muitos treinadores referiam que os seus treinos tinham a presença da bola do inicio ao fim, mas esta forma de pensar não se pode confundir com a Periodização Táctica. Apesar da presença da bola em muitos exercícios, a preocupação era treinar a componente física ou técnica abstracta ou um jogo geral. Esta prática não faz parte das minhas ideias de futebol!
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