


O Futebol das Crianças – Parte II
No processo de formação é necessária uma lógica, que coloque as crianças com a preocupação para a relação do seu corpo com a bola, conseguindo fazer o que lhe apetecer com a bola, mas não perdendo a qualidade de desempenho mesmo em condições adversas. Por isso, como etapa inicial do processo de formação surge o domínio da bola. Neste sentido, torna-se fundamental fazer crescer o tempo de contacto com bola, utilizando vários tipos de piso, vários tamanhos de bola e tocando nesta com várias partes do corpo, porque a bola deve ser um prolongamento do corpo do jogador. A partir daí, já é possível ter como preocupação complementar aquilo que eles vão conseguindo como background do jogar: o bom toque, o bom passe e a boa recepção.

4ªFase: preocupação com as velocidades da velocidade, ritmos de jogo. O jogo de qualidade precisa de pausas, de se aumentar o espaço através do tempo. Isto não tem nada a ver com velocidade de deslocamento. A lei da Inércia de Newton diz-nos que quanto mais eu acelerar mais dificuldade tenho em parar. Se o futebol é um jogo de pára – arranca, a velocidade por si só, sem precisão, não garante a vivenciação eficaz do jogar.
A 5ªFase relaciona-se com a finalização ou reconhecimento do timing de decisão. O conceito de timing pode ter entendimentos diferentes: o timing pode-se relacionar com a coordenação das cadeias musculares e outro timing com a análise do contexto em que estamos inseridos (no jogo). São dois timings diferentes e eles fazem-se tanto melhor, quando melhor nós tivermos vivenciado determinadas situações. O momento antecedente à finalização é de especial relevância, onde o treinador deve trabalhar no sentido das crianças centrarem as suas acções no jogo e não o jogo em si, até porque é normal serem egoístas nesta fase do processo. Numa fase já adiantada, a criança aprende a jogar com a largura e comprimento do campo, com o objectivo de criar desequilíbrios na organização do adversário.
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